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Sexto satélite feito em parceria entre Brasil e China, Cbers-4A é lançado ao espaço

Equipamento foi colocado em órbita a partir da base em Taiyuan, na China. Novo aparelho vai substituir o Cbers-4 e terá como foco o monitoramento da Amazônia.


Por Daniela Lopes | G1 Vale do Paraíba e Região

O satélite Cbers-4A, o sexto projeto feito em parceria entre Brasil e China, foi lançado ao espaço na madrugada desta sexta-feira (20). O equipamento foi colocado em órbita pelo foguete longa marcha 4B, a partir da base de lançamento em Taiyuan, na China.

Cbers-4A é o sexto satélite feito em parceria entre Brasil e China — Foto: Divulgação/ Inpe
Cbers-4A é o sexto satélite feito em parceria entre Brasil e China — Foto: Divulgação/ Inpe

Inicialmente previsto para 0h20, o lançamento foi adiado em dois minutos e o sucesso da operação foi confirmado 0h37, quando o aparelho entrou em órbita e iniciou o processo de abertura do painel solar.

O processo foi acompanhado por técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), via conexão telefônica. A transmissão foi acompanhada por uma plateia de convidados e autoridades.

“Cinco anos após o bem sucedido lançamento do satélite Cbers-4, junta-se a ele mais um satélite sino-brasileiro. Continuamos, portanto, assegurando o monitoramento do território brasileiro, com aplicações em alerta e desmatamento, monitoramento da vegetação e agricultura e estudos de hidrologia e meio ambiente. O Inpe tem orgulho em participar de mais um caso de sucesso do programa espacial brasileiro”, disse Ronald Buss de Souza, diretor substituto do Inpe.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Marcos Pontes, acompanhou o lançamento na China acompanhado de uma comitiva.

Projeto

A construção do equipamento começou em 2015 e custou cerca de R$ 190 milhões - metade do valor foi custeado pelo Brasil. Duzentos cientistas trabalharam no projeto.

O Cbers-4A vai substituir o Cbers-4, que está no limite da vida útil, e terá como foco a Amazônia. Segundo o Inpe, o satélite foi programado para dar 14 voltas por dia em torno da Terra. O foco será o mapeamento de queimadas e o fornecimento dados à agricultura. O Cbers 4-A deverá operar por ao menos cinco anos.

Ainda no Brasil, a revisão foi feita por especialistas do Inpe com cientistas da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial - foram reunidos quase 60 profissionais nesta etapa.

Antes do embarque, testes foram feitos em abril. O equipamento chegou à base chinesa em novembro.

Atraso

O prazo original de lançamento do Cbers-4A era para dezembro de 2018, mas a data foi revista devido à redução dos repasses ao Inpe acabou adiando o lançamento. O programa Cbers existe desde 1998.

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