Cientistas encontram 6 exoplanetas incandescentes
Cientistas britânicos descobriram três novos sistemas planetários. Todos os planetas ficam muito perto das suas estrelas e suas superfícies são aquecidas até temperaturas enormes.
Sputnik
Durante a última década os astrônomos descobriram muitos exoplanetas e se tornou evidente que em sistemas diferentes do nosso os planetas podem ficar muito perto de suas estrelas, muito mais perto do que Mercúrio do Sol.
Estrela anã branca WDJ0914-1914 e seu exoplaneta © Foto / ESO/M. Kornmesser |
A cientista Carole Haswell e seus colegas da The Open University, Reino Unido, desenvolveram um novo método de detecção de exoplanetas com base na observação do processo de ablação – a evaporação de matéria da superfície dos planetas ao passarem perto das estrelas, e também na busca de sinais de destruição e evaporação de atmosferas em forma de nuvens de gás.
Os resultados das novas pesquisas foram publicados na revista científica Nature Astronomy.
Os cientistas conseguiram determinar três sistemas estelares com rastros de remoção de matéria planetária a uma distância de 160 a 440 anos-luz do Sistema Solar, na área da constelação de Mensa. Em cada um dos sistemas depois foram encontrados exoplanetas usando o método tradicional.
Todos os planetas encontrados estão localizados extremamente perto de suas estrelas e aquecidos até temperaturas de 1.100 a 1.800 graus Celsius, com as quais se evaporam tanto suas atmosferas, como a matéria da superfície.
"Essas descobertas são muito interessantes. Elas nos permitem entender melhor a ligação entre a massa, tamanho e composição dos planetas, e também dizem muito sobre a sua formação em geral", explica Carole Haswell, citada no comunicado da universidade.
Os sistemas foram chamados de DMPP-1, DMPP-2 e DMPP-3 pelo nome do projeto Dispersed Matter Planet Project, no âmbito do qual foram encontrados.
O maior interesse foi despertado pelo terceiro sistema, DMPP-3. Lá fica a superterra DMPP-3Ab, que gira à volta da estrela.
"O sistema DMPP-3 foi uma grande surpresa para nós. Nós procurávamos um sinal muito fraco, indicando um planeta de massa pequena, mas primeiro encontramos uma estrela-companheira, que não esperávamos ver, e depois vimos um mundo fora do sol", disse um coautor do estudo, John Barnes.
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