Vem aí o primeiro satélite gaúcho
Empresas, universidades e instituições públicas pretendem disputar verba federal para projetar e lançar equipamento
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Zero Hora
Uma parceria entre empresas e universidades pretende criar um polo espacial no Estado e colocar em órbita o primeiro satélite gaúcho. A velocidade com que o projeto vai sair do papel, no entanto, depende de apoio do governo federal.
Propostas de várias regiões do país tentam abocanhar parte dos R$ 2,9 bilhões que a Agência Brasileira da Inovação (Finep) terá para financiar projetos na área de Defesa e aeroespacial. De olho nos incentivos do Planalto, um grupo de empresas no Estado planeja construir um microssatélite de uso militar. O valor solicitado é de R$ 43 milhões.
De pequeno porte – não muito maior que uma caixa de sapato – e pesando cerca de 20 quilos, o equipamento representa um grande desafio tecnológico. Poucos países dominam a tecnologia para fabricação de estruturas tão compactas para atividade de Defesa. No Brasil, a iniciativa é inédita.
O polo de São José dos Campos (SP), maior centro de excelência em ciência aeroespacial do país, se dedica à fabricação do primeiro grande satélite brasileiro, voltado para a área de comunicações, como televisão e banda larga. Ontem, o Ministério das Comunicações anunciou que o consórcio europeu Thales Alenia Space foi o escolhido para a montagem do equipamento, que deve ser lançado em dois anos.
– Vamos apostar em um novo nicho, em algo que ainda não é produzido no Brasil. Apesar de disputarmos recursos federais, não somos polos concorrentes no mercado – explica Aloísio Nóbrega, diretor de promoção comercial da Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), responsável por realizar o mapeamento das empresas que vão atuar no polo gaúcho.
Composto, inicialmente por quatro empresas e quatro universidades, o projeto será conduzido pela AEL, que atua no ramo de sistema de segurança eletrônica há 30 anos. Serão pelo menos 50 profissionais envolvidos.
A expectativa é que 80% dos componentes do satélite sejam produzidos por empresas instaladas no Rio Grande do Sul. O restante pode vir de outros Estados, mas a tendência é que venha por meio de parcerias internacionais. Em abril, uma comitiva gaúcha foi a Israel para tratar do tema. Em setembro, está agendada uma viagem para o Canadá.
– O Ministério da Defesa vai se tornar o primeiro cliente do satélite. Mais tarde, o objetivo é vender a plataforma no mercado internacional – diz Marcos Arend, diretor de tecnologia da AEL.
Confiante da vitória no edital, Arend afirma que uma eventual derrota não enterra o projeto, mas pode acarretar mudanças no cronograma.
– Investimentos em tecnologia têm um certo risco. Sem apoio fica mais complicado, mas a ideia é grande e iremos em frente. É importante para o Estado investir em sistemas de Defesa próprio e o governo já entendeu isso – acrescenta.
PARCEIROS
UNIVERSIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
- UFRGS: processamento de bordo e análise de radiação
- UFSM: oferecerá a estrutura para a operação no solo
- Unisinos: sensores e microeletrônica
- PUCRS: antenas e transponder digital
- Cientec: ensaios e testes elétricos e ambientais
- Ceitec: microeletrônica (chips)
EMPRESAS
- AEL: Defesa eletrônica, componentes espaciais e interface de comunicação.
- Digicom: fabricação de dispositivos mecânicos e suprimento de energia
- GetNet: serviços de comunicação
- TSM: desenvolvimento, qualificação e produção de antenas.
Uma parceria entre empresas e universidades pretende criar um polo espacial no Estado e colocar em órbita o primeiro satélite gaúcho. A velocidade com que o projeto vai sair do papel, no entanto, depende de apoio do governo federal.
Propostas de várias regiões do país tentam abocanhar parte dos R$ 2,9 bilhões que a Agência Brasileira da Inovação (Finep) terá para financiar projetos na área de Defesa e aeroespacial. De olho nos incentivos do Planalto, um grupo de empresas no Estado planeja construir um microssatélite de uso militar. O valor solicitado é de R$ 43 milhões.
De pequeno porte – não muito maior que uma caixa de sapato – e pesando cerca de 20 quilos, o equipamento representa um grande desafio tecnológico. Poucos países dominam a tecnologia para fabricação de estruturas tão compactas para atividade de Defesa. No Brasil, a iniciativa é inédita.
O polo de São José dos Campos (SP), maior centro de excelência em ciência aeroespacial do país, se dedica à fabricação do primeiro grande satélite brasileiro, voltado para a área de comunicações, como televisão e banda larga. Ontem, o Ministério das Comunicações anunciou que o consórcio europeu Thales Alenia Space foi o escolhido para a montagem do equipamento, que deve ser lançado em dois anos.
– Vamos apostar em um novo nicho, em algo que ainda não é produzido no Brasil. Apesar de disputarmos recursos federais, não somos polos concorrentes no mercado – explica Aloísio Nóbrega, diretor de promoção comercial da Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), responsável por realizar o mapeamento das empresas que vão atuar no polo gaúcho.
Composto, inicialmente por quatro empresas e quatro universidades, o projeto será conduzido pela AEL, que atua no ramo de sistema de segurança eletrônica há 30 anos. Serão pelo menos 50 profissionais envolvidos.
A expectativa é que 80% dos componentes do satélite sejam produzidos por empresas instaladas no Rio Grande do Sul. O restante pode vir de outros Estados, mas a tendência é que venha por meio de parcerias internacionais. Em abril, uma comitiva gaúcha foi a Israel para tratar do tema. Em setembro, está agendada uma viagem para o Canadá.
– O Ministério da Defesa vai se tornar o primeiro cliente do satélite. Mais tarde, o objetivo é vender a plataforma no mercado internacional – diz Marcos Arend, diretor de tecnologia da AEL.
Confiante da vitória no edital, Arend afirma que uma eventual derrota não enterra o projeto, mas pode acarretar mudanças no cronograma.
– Investimentos em tecnologia têm um certo risco. Sem apoio fica mais complicado, mas a ideia é grande e iremos em frente. É importante para o Estado investir em sistemas de Defesa próprio e o governo já entendeu isso – acrescenta.
PARCEIROS
UNIVERSIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
- UFRGS: processamento de bordo e análise de radiação
- UFSM: oferecerá a estrutura para a operação no solo
- Unisinos: sensores e microeletrônica
- PUCRS: antenas e transponder digital
- Cientec: ensaios e testes elétricos e ambientais
- Ceitec: microeletrônica (chips)
EMPRESAS
- AEL: Defesa eletrônica, componentes espaciais e interface de comunicação.
- Digicom: fabricação de dispositivos mecânicos e suprimento de energia
- GetNet: serviços de comunicação
- TSM: desenvolvimento, qualificação e produção de antenas.
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