Equatorial Sistemas cria tecnologia espacial com apoio da Finep
Produto do Vale do Paraíba foca condições da Amazônia. Projeto tem potencial anual de mercado avaliado em US$ 10 milhões
EADS
Criada há cerca de 10 anos, a Equatorial Sistemas começa nas próximas semanas a projetar um imageador de alta resolução para detectar o desmatamento e utilização de águas na Amazônia e no Pantanal. O projeto deverá ser concluído no prazo de dois anos e tem dois terços do seu custo total, cerca de R$ 6 milhões, obtido junto à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do governo federal), através da Chamada Pública para subvenção econômica que garantiu à empresa de São José dos Campos um empréstimo de R$ 4 milhões.
Segundo César Ghizoni, diretor-presidente da Equatorial Sistemas, a proposta brasileira pode gerar retorno importante ao País: “Nossa proposta é criar um imageador apropriado às condições atmosféricas da região amazônica, caracterizada pela alta umidade e quantidade de nuvens. Como este cenário se repete em outras regiões do planeta, é possível prever a venda de um equipamento por ano, ao custo unitário de US$ 10 milhões, preço extremamente competitivo, pois é mais baixo que as opções disponíveis no mercado internacional”.
O imageador da Equatorial deverá gerar imagens com uma largura de 800 km com resolução entre 20 a 30 metros, o que permitirá detectar o desmatamento seletivo, onde a devastação ocorre em uma a cada quatro árvores. Esta prática predatória dificulta a visualização pelos recursos atuais, cujo alcance é maior (até 1000 km), porém com precisão de 300 metros, ou seja cerca de 1000% inferior ao projeto brasileiro. O imageador é um sistema que pode ser comparado de maneira simplificada a uma câmera fotográfica de alta resolução instalada em um satélite e capaz de transformar a luz em impulsos elétricos.
O equipamento tem vida útil de três anos e o mercado para esse equipamento é totalmente global: “Entidades como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a AEB (Agência Espacial Brasileira), são clientes típicos para esse equipamento no País. Outros países com florestas na região equatorial também têm demanda para o imageador e pretendemos conquistá-los através da parceria que a Equatorial Sistemas tem com a EADS Astrium, empresa com atuação consolidada internacionalmente”, diz Ghizoni.
A subsidiária do grupo espacial europeu EADS – European Aeronautics Defence and Space Company -, acionista minoritária da empresa de São José dos Campos, também poderá contribuir no projeto com a obtenção de peças ou sistemas críticos cuja fabricação no País ainda não é viável economicamente. Do ponto de vista de recursos humanos, porém, o projeto da Equatorial Sistemas envolverá cerca de 10 cientistas brasileiros, todos altamente qualificados.
Além de manter no Brasil profissionais que poderiam ser atraídos para trabalhar no Exterior por falta de oportunidades locais, Ghizoni prevê a colaboração técnica com o IEAV (Instituto de Estudos Avançados) do Centro Tecnológico da Aeronáutica.
EADS
Criada há cerca de 10 anos, a Equatorial Sistemas começa nas próximas semanas a projetar um imageador de alta resolução para detectar o desmatamento e utilização de águas na Amazônia e no Pantanal. O projeto deverá ser concluído no prazo de dois anos e tem dois terços do seu custo total, cerca de R$ 6 milhões, obtido junto à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do governo federal), através da Chamada Pública para subvenção econômica que garantiu à empresa de São José dos Campos um empréstimo de R$ 4 milhões.
Segundo César Ghizoni, diretor-presidente da Equatorial Sistemas, a proposta brasileira pode gerar retorno importante ao País: “Nossa proposta é criar um imageador apropriado às condições atmosféricas da região amazônica, caracterizada pela alta umidade e quantidade de nuvens. Como este cenário se repete em outras regiões do planeta, é possível prever a venda de um equipamento por ano, ao custo unitário de US$ 10 milhões, preço extremamente competitivo, pois é mais baixo que as opções disponíveis no mercado internacional”.
O imageador da Equatorial deverá gerar imagens com uma largura de 800 km com resolução entre 20 a 30 metros, o que permitirá detectar o desmatamento seletivo, onde a devastação ocorre em uma a cada quatro árvores. Esta prática predatória dificulta a visualização pelos recursos atuais, cujo alcance é maior (até 1000 km), porém com precisão de 300 metros, ou seja cerca de 1000% inferior ao projeto brasileiro. O imageador é um sistema que pode ser comparado de maneira simplificada a uma câmera fotográfica de alta resolução instalada em um satélite e capaz de transformar a luz em impulsos elétricos.
O equipamento tem vida útil de três anos e o mercado para esse equipamento é totalmente global: “Entidades como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a AEB (Agência Espacial Brasileira), são clientes típicos para esse equipamento no País. Outros países com florestas na região equatorial também têm demanda para o imageador e pretendemos conquistá-los através da parceria que a Equatorial Sistemas tem com a EADS Astrium, empresa com atuação consolidada internacionalmente”, diz Ghizoni.
A subsidiária do grupo espacial europeu EADS – European Aeronautics Defence and Space Company -, acionista minoritária da empresa de São José dos Campos, também poderá contribuir no projeto com a obtenção de peças ou sistemas críticos cuja fabricação no País ainda não é viável economicamente. Do ponto de vista de recursos humanos, porém, o projeto da Equatorial Sistemas envolverá cerca de 10 cientistas brasileiros, todos altamente qualificados.
Além de manter no Brasil profissionais que poderiam ser atraídos para trabalhar no Exterior por falta de oportunidades locais, Ghizoni prevê a colaboração técnica com o IEAV (Instituto de Estudos Avançados) do Centro Tecnológico da Aeronáutica.
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