Maior planeta conhecido tem "densidade de rolha"
da Folha de S. Paulo
Um grupo de cientistas americanos anunciou ontem a descoberta do maior planeta já visto. Batizado com a sigla HAT-P-1, ele mais parece uma gigantesca bola de esponja quente, mas os cientistas ainda não sabem explicar por quê.
Descrito por Gaspar Bakos, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, o novo planeta possui um raio 38% maior do que o de Júpiter, mas sua massa é 50% menor. Isso faz com que ele tenha um quarto da densidade da água, quase a mesma da cortiça.
Essas características, na verdade, não seriam consideradas tão bizarras se elas se encaixassem bem em previsões teóricas. Para um planeta de seu tipo, porém, HAT-P-1 parece ser quente demais e grande demais. Precisamente, 24% maior do que deveria ser.
"Pode ser que estejamos observando uma classe de planetas inteiramente nova", disse Bakos em um comunicado à imprensa. O astrofísico revelou que um outro objeto planetário que orbita a mesma estrela também está "superinflado".
HAT-P-1 gira em torno de uma estrela do sistema binário ADS 16402, localizado a 450 anos-luz da Terra, na constelação de Lacerta.
Sua órbita é extremamente próxima à de sua estrela: um vigésimo do raio da órbita da Terra. Um ano do grande planeta equivale a apenas 4,5 dias terrestres. Essa proximidade de sua estrela mãe, porém, não é suficiente para explicar por que HAT-P-1 é tão quente e leve. O trabalho que descreve a descoberta está na revista "Astrophysical Journal".
Um nome para "Xena"
A União Astronômica Internacional batizou oficialmente ontem o planeta-anão 2003 UB313, apelidado de Xena. Ele passa a se chamar Eris, por sugestão de seu co-descobridor, o americano Mike Brown.
O nome é mais do que apropriado: Eris é a deusa grega da discórdia, e a descoberta de Xena ajudou a precipitar o debate que culminou no rebaixamento de Plutão da classe de planeta.
Um grupo de cientistas americanos anunciou ontem a descoberta do maior planeta já visto. Batizado com a sigla HAT-P-1, ele mais parece uma gigantesca bola de esponja quente, mas os cientistas ainda não sabem explicar por quê.
Descrito por Gaspar Bakos, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, o novo planeta possui um raio 38% maior do que o de Júpiter, mas sua massa é 50% menor. Isso faz com que ele tenha um quarto da densidade da água, quase a mesma da cortiça.
Essas características, na verdade, não seriam consideradas tão bizarras se elas se encaixassem bem em previsões teóricas. Para um planeta de seu tipo, porém, HAT-P-1 parece ser quente demais e grande demais. Precisamente, 24% maior do que deveria ser.
"Pode ser que estejamos observando uma classe de planetas inteiramente nova", disse Bakos em um comunicado à imprensa. O astrofísico revelou que um outro objeto planetário que orbita a mesma estrela também está "superinflado".
HAT-P-1 gira em torno de uma estrela do sistema binário ADS 16402, localizado a 450 anos-luz da Terra, na constelação de Lacerta.
Sua órbita é extremamente próxima à de sua estrela: um vigésimo do raio da órbita da Terra. Um ano do grande planeta equivale a apenas 4,5 dias terrestres. Essa proximidade de sua estrela mãe, porém, não é suficiente para explicar por que HAT-P-1 é tão quente e leve. O trabalho que descreve a descoberta está na revista "Astrophysical Journal".
Um nome para "Xena"
A União Astronômica Internacional batizou oficialmente ontem o planeta-anão 2003 UB313, apelidado de Xena. Ele passa a se chamar Eris, por sugestão de seu co-descobridor, o americano Mike Brown.
O nome é mais do que apropriado: Eris é a deusa grega da discórdia, e a descoberta de Xena ajudou a precipitar o debate que culminou no rebaixamento de Plutão da classe de planeta.
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