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Telescópio russo que vai monitorar lixo espacial começa a ser instalado no sul de Minas Gerais

Equipamento está sendo colocado no laboratório nacional de Brazópolis.Parceria entre Brasil e Rússia foi assinada em abril do ano passado.


Do G1 Sul de Minas

Técnicos russos começaram a instalar no Laboratório Nacional de Astrofísica, em Brazópolis (MG), o telescópio que vai monitorar o lixo espacial. A instalação do equipamento foi autorizada após um acordo assinado entre Brasil e Rússia em abril do ano passado.


Concepção artística do telescópio que será instalado em Brazópolis, MG (Foto: Arquivo Pan EOS)
Concepção artística do telescópio que será instalado em Brazópolis, MG (Foto: Arquivo Pan EOS)

O telescópio vai detectar resíduos espaciais que venham a cair na atmosfera. Além disso, o equipamento vai ajudar no posicionamento dos satélites ao redor da terra, além de fornecer imagens noturnas de grande parte do Hemisfério Sul e de ajudar na visualização de outros objetos do sistema solar.

O telescópio


O equipamento está sendo instalado através de uma parceria do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e a estatal russa Roscosmos. O objetivo é fazer um mapa de todos os detritos espaciais que estão em órbita da Terra, que são os pedaços de satélites velhos ou de foguetes que foram lançados e que continuam em órbita.

Com o mapa, também será possível monitorar o caminho dos satélites. Caso algum saia da órbita para entrar na Terra, é possível prever onde o objeto vai cair e acompanhar os pedaços maiores, evitando algum acidente grave.

O projeto russo começou há cerca de dois anos. O primeiro equipamento foi instalado nas montanhas Altai, na Rússia, e já está em operação. Os dois equipamentos vão ficar em posições afastadas em relação ao outro e vão fotografar o céu, fazendo um mapeamento de toda a área. O grupo de astrônomos brasileiros vai fazer o gerenciamento dos dados e repassar para a agência russa.

Este será o único equipamento deste tipo instalado no Brasil, e justamente por isso, a contrapartida do projeto é que os astrônomos brasileiros vão poder usar os dados para outras pesquisas que ainda não são possíveis no Brasil, como rastrear asteroides e cometas.


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