Cosmos | Por Carl Sagan

Satélite da Nasa cai perto da Antártida

Prejuízo da agência foi de US$ 274,3 milhões



O satélite lançado ontem nos Estados Unidos para fazer medições globais e precisas dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera caiu no Oceano Pacífico, perto da Antártida, após um falha no foguete que o transportava, informou ontem a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa).

O prejuízo da agência espacial americana, que passou quase dez anos projetando e construindo o satélite, foi de US$ 274,3 milhões.

O satélite Observatório Orbital de Carbono (OCO, na sigla em inglês) iria passar pelo menos dois anos monitorando locais-chave na superfície do planeta onde o CO2 está sendo emitido e absorvido.

Autoridades informaram que uma parte do foguete que cobre o satélite no topo do lançador não se separou como previsto durante a missão, e o foguete, com o satélite, acabou caindo no Oceano Pacífico.

Este tipo de foguete já participou de oito missões e falhou duas vezes. A Nasa vai iniciar uma investigação para determinar a causa do problema.

– As indicações iniciais são de que o veículo lançado não teve força suficiente para alcançar altitude orbital – informou John Brunschwyler, diretor do programa do Taurus da Orbital Sciences Corporation, a empresa que construiu o foguete, lançado da base Vandenberg, na Califórnia.

Brunschwyler explicou que foi justamente o fato de a cobertura da área onde o satélite se encontrava não ter se separado que fez com que o foguete não pudesse alcançar a altitude necessária.

Os especialistas da Nasa explicaram que a falha no transportador aconteceu três minutos após a decolagem, que aconteceu às 6h55 (de Brasília).

Brunschwyler reconheceu que o ocorrido é um "enorme revés" para a comunidade científica, que iria usar os dados coletados pelo satélite para melhorar a compreensão dos processos naturais e saber mais sobre as atividades humanas que regulam a abundância e a distribuição do dióxido de carbono na atmosfera.

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