Grupo acha maior supernova do Universo
Do G1, em São Paulo

A monstruosa supernova, batizada de SN 2006gy, é pelo menos cem vezes mais energética que uma comum, o que indica que a estrela que explodiu pode ter tido uma massa cerca de 150 vezes maior do que a do nosso Sol -– tão grande quanto uma estrela pode ser.
O tamanho é parecido com os que eram encontrados na primeira geração de estrelas do Universo, o que dá aos astrônomos o privilégio de estudar como as primeiras estrelas morreram –- e de descobrir que suas teorias para explicar um evento do tipo estavam fundalmente erradas.
Normalmente, uma supernova ocorre quando uma grande estrela esgota seu combustível e entra em colapso pela ação de sua própria gravidade. Nesse caso, no entanto, o gatilho pode ter sido outro. Os cientistas acreditam que a produção excessiva de raios gama pelo núcleo da estrela pode ter causado uma perda de energia, o que levaria ao colapso e à gigantesca explosão.
Antes, eles acreditavam que as primeiras estrelas, tão maciças quanto essa, se transformavam em buracos negros. “Em termos de consequências, as diferenças são enormes entre essas duas possibilidades. A primeira polui a galáxia com enormes quantidades de elementos recém-formados e a outra os tranca para sempre em um buraco negro”, explica o líder do estudo, Nathan Smith, da Universidade da Califórnia em Berkeley.
Um evento como esse pode se repetir em breve, muito mais perto daqui. A estrela que gerou a supernova SN 2006gy perdeu muita massa logo antes de explodir -– um evento que está sendo observado na estrela Eta Carinae, aqui na Via Láctea. E, enquanto a SN 2006gy está a 240 milhões de anos-luz da Terra, a Eta Carinae está bem, bem, mais perto: apenas 7,5 mil anos-luz.
Comentários