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Rússia registra trajetória incomum em órbita de satélite militar americano

Dispositivos de rastreamento russos registraram a separação em órbita geoestacionária de duas pequenas sondas de um grande satélite militar norte-americano.


Sputnik

A Rússia rastreia o movimento de uma delas desde 2018, segundo um documento do Centro Científico Astroespacial obtido pela Sputnik.


Satélite na órbita terrestre (imagem referencial)
© Fotolia / 3000ad

Anteriormente, foi relatado que o sistema automatizado russo de alerta para situações de perigo no espaço detectou mais de 400 manobras realizadas até 2018 apenas por um dos quatro aparelhos militares GSSAP.

Em abril de 2018, o foguete portador Atlas V transportou a partir da base de Cabo Canaveral, EUA, o satélite de comunicação militar CBAS (USA-283) e o satélite tecnológico militar EAGLE (USA-284) até à órbita geoestacionária. Logo depois do lançamento, se separaram dois satélites do EAGLE — USA-285 e USA-286 — com finalidade desconhecida.

A sua separação foi registrada pelo sistema de alerta russo em 23 de abril de 2018. Ao mesmo tempo, a análise do movimento das sondas revelou uma mudança imprevisível na trajetória de uma delas, o que pode representar um indício de sua capacidade de manobra, relata o documento.

A principal tarefa do sistema automatizado russo de alerta para situações de perigo no espaço é a detecção da aproximação de aparelhos espaciais com detritos espaciais, a revelação de destruição de sondas em órbita e o acompanhamento de objetos potencialmente perigosos.

O sistema usa equipamentos óptico-eletrônicos, inclusive telescópios. Eles se destinam a detectar automaticamente aparelhos e detritos espaciais, determinar suas coordenadas, assim como transmitir as coordenadas recebidas e outras informações para o centro de coleta e processamento de dados.

Os equipamentos do sistema realizam busca e detecção autônoma de objetos espaciais em altitudes de até 50 mil quilômetros e são capazes de detectar aparelhos e elementos de lixo espacial com brilho de magnitude até 18,5 (o que corresponde a um tamanho de 30 a 35 centímetros em altitude de uma órbita geoestacionária).

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