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Brasil e China selam acordo para produção de sexto satélite Cbers

Protocolo de intenção foi assinado durante visita do primeiro ministro chinês.
Projeto tem custo estimado de R$ 100 milhões e deve ser lançado em 2018.


Do G1 Vale do Paraíba e Região

O Brasil e a China assinaram um protocolo de intenções nesta terça-feira (19) para desenvolvimento e lançamento do sexto satélite sino-brasileiro. O acordo aconteceu durante a visita do primeiro ministro da China, Li Keqiang, ao Brasil. O satélite Cbers 4-A tem custo estimado em até R$ 100 milhões e deve ser lançado em 2018.

Cbers-4 foi lançado pelo foguete Longa Marcha 4B da base de Taiyuan, na China. (Foto: Divulgação/INPE)Cbers-4A deve ser lançado na China em 2018. (Foto: Divulgação/INPE)

No Brasil, o satélite será desenvolvido em São José dos Campos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A missão do novo satélite será dar continuidade à missão do antecessor Cbrs-4, em órbita desde dezembro de 2014.

O equipamento é usado pelo governo para monitorar os setores agrícolas, florestal e no controle do meio ambiente, especialmente no controle da fiscalização da Amazônia.

De acordo com o diretor do Inpe, Leonel Perondi, além das câmeras de videomonitoramento, incluindo a brasileira Mux - primeira com tecnologia inteiramente desenvolvida produzida no Brasil, o novo satélite deve contar com uma versão modernizada de câmera para observação da Terra em alta resolução.

"Esse pacto com a China é a garantia da continuidade da missão do Cbers. Como o tempo de vida útil do satélite é de três anos, nossa preocupação é que ao fim das atividades do Cbers-4 não haja interrupção do trabalho", disse Perondi ao G1.

Para o desenvolvimento e produção do Cbers-4A, os países vão repetir o modelo com proporção do montante de investimento - 50% para cada lado.

O novo acordo define que os trabalhos de montagem, integração e testes do Cbers-4A sejam realizados nos laboratórios do Inpe, no Vale do Paraíba. O lançamento será feito na base na China.

Estabelecido em 1988, o programa também lançou com os satélites Cbers-1, em 1999, o Cbers-2, em 2003, e o Cbers-2B, em 2007. O Cbers 3 não atingiu a órbita após uma falha no projeto.

Acordos

Durante a visita do governo chinês ao Brasil, foram celebrados 35 acordos em áreas como agricultura, comércio, defesa, energia, infraestrutura, inovação, mineração, planejamento estratégico e transporte.


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