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Voo inaugural do Angará-A5 está previsto para o Natal

Foguete pesado Angará-A5, que será lançado no final de dezembro do cosmódromo de Plesetsk, poderá colocar em órbita satélites com peso de até 8 toneladas. Depois de 2025, esse modelo substituirá por completo o atual Próton-M.


Ígor Afanássiev, especial para Gazeta Russa

No início do mês, a direção do Centro Estatal de Pesquisas e Produção Espacial de Khrunichev informou ao vice-primeiro-ministro Dmítri Rogôzin que o novo foguete nacional de classe pesada Angará-A5 está pronto para lançamento. O primeiro voo de teste, que partirá do cosmódromo de Plesetsk, foi agendado para 25 de dezembro.


Voo inaugural do Angará-A5 está previsto para o Natal
Com combustível ecológico, foguete pesado terá custo operacional reduzido Foto: Photoshot/Vostock-Photo

De acordo com representantes da agência espacial russa Roscosmos, os testes do sistema preveem dez lançamentos do foguete – nos dois primeiros serão lançados protótipos, porém, nos demais serão usados satélites reais.

Ao fim dos voos experimentais, o foguete colocará em órbita qualquer satélite de finalidade comercial, militar e agropecuária com peso até de 3 toneladas, atualmente lançados pelo Próton-M. Para substituir por completo o atual foguete, o Angará-A5 consiste em três estágios de classe pesada.

Inicialmente, o foguete será explorado com o bloco de aceleração Breez-M. Mais tarde, quando operar com o bloco KVTK de oxigênio-hidrogênio, o veículo será capaz de colocar em órbita geoestacionária satélites com peso de até 4,6 toneladas. A ideia é que Angará-A5 faça concorrência a seus análogos estrangeiros, superando-os em diversos aspectos. Um deles é o peso de carga útil colocado em órbita baixa.

Pelos planos da Roscosmos, o transportador entrará em operação progressivamente. Nas primeiras fases, serão poucos lançamentos, e, em seguida, o foguete poderá ser comparado ao Próton-M em número de missões. Após 2025, o novo foguete substituirá por completo o atual veículo.

Árvore tecnológica


A família do Angará inclui vários modelos de foguetes de diferentes finalidades e capacidades que, pela primeira vez na história nacional, são criados de acordo com o princípio da modularidade. Os transportadores se formam pela combinação de diferentes números de módulos de foguetes universais URM-1 e URM-2.

O primeiro deles é equipado com motor RD-191, desenvolvido pela Energomash, e o segundo, com RD-0124ª, criado pelo Bureau de Construção de Automação Química de Voronej. Ambos funcionam com combustível ecologicamente limpo de oxigênio-querosene.

Concorrência da pesada

Além do lançamento a partir de Plesetsk, prevê-se que em 2016 comecem a ser construídos dois lançadores para o Angara-A5 no cosmódromo de Vostok. O uso de blocos de aceleração que funcionam com combustível ecológico – como oxigênio líquido, querosene e oxigênio líquido, e hidrogênio líquido – e a possibilidade de lançar satélites de até 8 toneladas garante competitividade aos veículos nacionais.

A abordagem modular com uso de um número relativamente pequeno de equipamentos caros, como motores e sistemas de controle, permite reduzir os custos operacionais. O Centro de Khrunichev estima que o lançamento de um modelo Angará-A5 vai variar de US$ 95 a US$ 108 milhões – valor comparável com o do Próton-M.

Os homólogos estrangeiros são, em sua maioria, muito mais caros: o lançamento do Atlas V 552 custa entre US$ 180 e 190 milhões; o do Delta IV Heavy, entre US$ 230 e US$ 255 milhões; e o do Ariane 5 ECA, entre US$ 210 e 220 milhões.


Família Angará

O foguete mais novo do conjunto é o leve de dois estágios Angará-1.2, destinado a colocar em órbitas baixas, próximas à Terra, todos os foguetes modernos e nacionais com peso de até 3,8 toneladas. Este modelo está em processo de fabricação. Os testes de voo começarão em 2016.

O foguete de três estágios de classe média Angará-A3, com capacidade de transportar mais de 15 toneladas, está em fase de projeto.

O foguete de dois estágios Angará-A5.2 é projetado para o lançamento de veículos com peso de até 18 toneladas. Em princípio, deve colocar em órbita a nave espacial tripulado da nova geração PTK NP, mas a decisão final ainda não foi tomada.

O foguete Angará-A7.2 de dois estágios de classe intermediária (entre pesada e superpesada) será equipado com seis URM-1. Dependendo do bloco central, ele pode colocar em órbita de 35 a 50 toneladas de carga. Este veículo transportador poderá ser usado no futuro programa lunar tripulado.

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