Com satélites, grupo americano quer levar internet rápida para o Amazonas
LIEGE ALBUQUERQUE - O Estado de S.Paulo
MANAUS - Uma tecnologia inédita deve levar banda larga via satélite com velocidade de fibra óptica aos recantos mais remotos do Amazonas no início de 2013. O projeto é da norte-americana O3b Networks e da brasileira Ozônio. A O3b levantou um investimento de US$ 1,2 bilhão de empresas como Google e bancos internacionais.
"Os oito satélites não geoestacionários para o Amazonas estão sendo construídos e devem ficar prontos até o fim do ano que vem", destaca o diretor executivo da 03b, Steve Collar. "Os satélites também podem levar telefonia móvel à Amazônia, embora a prioridade seja a internet."
A tecnologia usada em diversos países pela O3b tem o diferencial de colocar sua constelação de satélites a cerca de 8 mil quilômetros da terra, enquanto os satélites geoestacionários tradicionais estão em órbita a uma distância de 35 mil quilômetros da superfície. Essa proximidade aumenta a força do sinal, diminuindo o risco de interferência.
Segundo o diretor do Departamento de Banda Larga do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, o licenciamento inicial em andamento para empresas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é para a cobertura do Amazonas com o sistema. De acordo com Coimbra, a nova tecnologia permitirá acessar a internet com velocidades entre 1 megabit por segundo e 10 gigabits por segundo, e pode no futuro ser estendida a outros Estados.
"Nossa intenção é cobrir todo o País no futuro, com mais de 100 satélites", disse Collar. A empresa foi fundada em 2007, nos Estados Unidos. O nome O3b significa "other 3 billion" (outros 3 bilhões), como referência à população mundial sem acesso à banda larga.
A O3b Networks é líder no mercado de provedores de serviços de comunicação por satélites de órbita média - ou Medium Earth Orbit (MEO). "Depois dos satélites prontos, a implantação é rápida e fácil. Vai trazer não só internet rápida, mas também mais barata à maioria da população sem acesso à rede mundial na Amazônia", destaca o diretor geral da Ozônio, Yoram Yaeli.
Estratégia. Para chegar aos ribeirinhos, depois de instalados os satélites, a Ozônio vai fornecer os serviços de internet e de telecomunicações a clientes corporativos e agências governamentais locais.
"Com os recursos da O3b, as pessoas da região amazônica poderão desfrutar de acesso à internet com a mesma velocidade e baixo custo dos grandes centros do Brasil", afirma Yaeli.
Segundo ele, ainda não há uma análise do custo para o alvo final, o morador de áreas remotas da Amazônia, mas o que permite afirmar que serão baixos é o fato de ser por satélite.
"Não haverá nenhuma degradação ambiental, os satélites ficam em órbita e não precisamos desmatar a floresta ou ter altos custos para instalação ou manutenção, como é o caso da fibra óptica", diz.
"Num futuro próximo, a instalação dos satélites por essas empresas com capital 100% privado viabiliza a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) da Telebrás em áreas até hoje excluídas por causa das suas condições geográficas", disse Coimbra, do Ministério.
O objetivo do PNBL, lançado em maio do ano passado, é levar banda larga a todo o País a preços baixos. Hoje, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNUD), do IBGE, 27% dos domicílios possuem conexão à internet, sendo que apenas 7% é em banda larga.
MANAUS - Uma tecnologia inédita deve levar banda larga via satélite com velocidade de fibra óptica aos recantos mais remotos do Amazonas no início de 2013. O projeto é da norte-americana O3b Networks e da brasileira Ozônio. A O3b levantou um investimento de US$ 1,2 bilhão de empresas como Google e bancos internacionais.
"Os oito satélites não geoestacionários para o Amazonas estão sendo construídos e devem ficar prontos até o fim do ano que vem", destaca o diretor executivo da 03b, Steve Collar. "Os satélites também podem levar telefonia móvel à Amazônia, embora a prioridade seja a internet."
A tecnologia usada em diversos países pela O3b tem o diferencial de colocar sua constelação de satélites a cerca de 8 mil quilômetros da terra, enquanto os satélites geoestacionários tradicionais estão em órbita a uma distância de 35 mil quilômetros da superfície. Essa proximidade aumenta a força do sinal, diminuindo o risco de interferência.
Segundo o diretor do Departamento de Banda Larga do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, o licenciamento inicial em andamento para empresas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é para a cobertura do Amazonas com o sistema. De acordo com Coimbra, a nova tecnologia permitirá acessar a internet com velocidades entre 1 megabit por segundo e 10 gigabits por segundo, e pode no futuro ser estendida a outros Estados.
"Nossa intenção é cobrir todo o País no futuro, com mais de 100 satélites", disse Collar. A empresa foi fundada em 2007, nos Estados Unidos. O nome O3b significa "other 3 billion" (outros 3 bilhões), como referência à população mundial sem acesso à banda larga.
A O3b Networks é líder no mercado de provedores de serviços de comunicação por satélites de órbita média - ou Medium Earth Orbit (MEO). "Depois dos satélites prontos, a implantação é rápida e fácil. Vai trazer não só internet rápida, mas também mais barata à maioria da população sem acesso à rede mundial na Amazônia", destaca o diretor geral da Ozônio, Yoram Yaeli.
Estratégia. Para chegar aos ribeirinhos, depois de instalados os satélites, a Ozônio vai fornecer os serviços de internet e de telecomunicações a clientes corporativos e agências governamentais locais.
"Com os recursos da O3b, as pessoas da região amazônica poderão desfrutar de acesso à internet com a mesma velocidade e baixo custo dos grandes centros do Brasil", afirma Yaeli.
Segundo ele, ainda não há uma análise do custo para o alvo final, o morador de áreas remotas da Amazônia, mas o que permite afirmar que serão baixos é o fato de ser por satélite.
"Não haverá nenhuma degradação ambiental, os satélites ficam em órbita e não precisamos desmatar a floresta ou ter altos custos para instalação ou manutenção, como é o caso da fibra óptica", diz.
"Num futuro próximo, a instalação dos satélites por essas empresas com capital 100% privado viabiliza a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) da Telebrás em áreas até hoje excluídas por causa das suas condições geográficas", disse Coimbra, do Ministério.
O objetivo do PNBL, lançado em maio do ano passado, é levar banda larga a todo o País a preços baixos. Hoje, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNUD), do IBGE, 27% dos domicílios possuem conexão à internet, sendo que apenas 7% é em banda larga.
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