Meteorito contém fóssil alien, diz cientista
Paula Rothman, de INFO Online
Dada a grande polêmica do assunto, o Journal of Cosmology, revista que apresentou o trabalho do Dr. Hoover, tomou uma decisão inédita. Antes da publicação do mesmo, decidiu colocar seu conteúdo na íntegra no site e enviar uma cópia a 100 especialistas e outros 500 cientistas membros da comunidade internacional. O Dr. Rudy Schild, do centro de astrofísica Harvard-Smithsonian e Editor Chefe da Journal of Cosmology, liberou um comunicado explicando a decisão. Segundo ele, o Dr. Richard Hoover é um cientista e astrobiologista respeitado, com um histórico de grandes feitos na NASA. No entanto, uma vez que suas descobertas são controversas, os comentários enviados pelos cientistas revisores também serão postados online antes que o trabalho seja publicado. Em suas palavras “ a melhor maneira de se avançar na ciência é promovendo debate e discussão”.
SÃO PAULO – Pesquisador da Nasa anuncia achado de microfósseis extraterrestres em meteoritos.
Apesar de estes organismos em si, se confirmados, não serem responsáveis pelo surgimento da vida na Terra, eles reforçam a tese de que a vida está em toda a parte e que veio do espaço.
Os microfósseis estavam presentes em meteoritos bastante raros e foram analisados pelo Dr. Richard B. Hoover, Ph do Centro Espacial Marshall. Após uma série de passagens por microscópios especiais (Field Emission Scanning Electron Microscopy), ele concluiu que os corpos encontrados são muito similares a organismos vistos na Terra.
A análise também revelou que os fósseis são originários do meteoro, e não fruto de alguma contaminação depois que este caiu no nosso planeta. Os vestígios são semelhantes às chamadas cianobactérias com tricomas (pequenos filamentos que as envolvem) e a outros procariotos com essa mesma aparência, como sulfubactérias filamentosas.
Outra conclusão é a de que essas bactérias fossilizadas também não “contaminaram” a Terra – ou seja, não se desenvolveram no nosso planeta dando origem a outros seres vivos. Elas são apenas os restos de organismos que habitaram os corpos que deram origem ao meteoro – cometas, luas, etc... Ainda assim, uma prova de que existe, ou existiu, vida em outros locais do universo teria grandes implicações e ajudaria a reforçar a tese de que a vida na Terra teve origem graças à chegada de meteoritos como os analisados pelo Dr. Hoover.
No estudo, foram utilizados os chamados meteoritos condritos carbonáceos (CI1), que são extremamente raros: apesar de mais de 35 mil meteoritos já terem sido achados na Terra, apenas nove deles se encaixam nessa categoria. Desses, três foram usados no estudo (Alais, Ivuna, e Orgueil).
Os meteoritos condritos carbonácos são curiosos. Por um lado, eles contêm uma série de compostos orgânicos e minerais achados em seres vivos que, quando encontrados em rochas terrestres, são interpretados como indícios de vida. Em rochas fora da Terra, ou corpos extraterrestres, no entanto, a presença dessas substâncias não significa necessariamente que elas foram produzidas por seres vivos. Por outro lado, nos meteoritos CI1 também há moléculas orgânicas que, até onde se sabe, só são produzidas por organismos vivos.
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