Reator pode gerar oxigênio na Lua
Cientistas de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram um reator capaz de produzir oxigênio a partir de rochedo lunar – uma tecnologia vital se os planos de criar uma base na lua decolarem. Seja com o intuito de explorar os recursos da Lua ou usar o satélite como um ponto de lançamento para explorar lugares mais distantes do espaço, os ocupantes de qualquer base lunar precisarão de oxigênio para sobreviver.
O transporte do gás para a Lua seria extremamente caro – podendo chegar a custar até US$ 100 milhões por tonelada segundo estimativas –, por isso os pesquisadores estão examinando maneiras potencialmente mais baratas de produzir oxigênio na própria Lua.
O projeto foi apresentado por Derek Fray, químico de materiais da Universidade de Cambridge, Reino Unido, que, junto com seus colegas, modificou um processo eletroquímico inventado por eles mesmos em 2000.
Nos testes, Fray e seus colegas usaram uma rocha lunar artificial chamada JSC-1, desenvolvida pela Nasa. Fray prevê que três reatores, cada um com cerca de 90 cm de altura, seriam suficientes para gerar uma tonela da de oxigênio por ano na Lua. Três toneladas de rocha serão necessárias para produzir cada tonelada de oxigênio e, nos testes, a equipe viu uma recuperação de oxigênio de quase 100%.
Para aquecer o reator na Lua seria necessária apenas uma pequena quantidade de energia, Fray observa, e o reator em si pode ser termicamente isolado para reter calor.
Com mais US$ 16,5 milhões, Fray diz ser capaz de desenvolver um "protótipo robusto" de um reator maior, que poderia ser operado remotamente. Ele está atualmente trabalhando com a Agência Espacial Europeia para atingir tal objetivo.
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