Cosmos | Por Carl Sagan

Brasil precisa de satélite de US$ 1,5 bi


Júlio Ottoboni

São José dos Campos (SP), 29 de Janeiro de 2008 - O Brasil estuda desenvolver e lançar até 2012 o primeiro de uma família de satélites geoestacionários de sensoriamento remoto para vistoriar a AMAZÔNIA. Essa é uma reivindicação dos cientistas que trabalham com o imageamento da floresta na busca por desmatamento e queimadas. Somente o emprego desta tecnologia conseguiria abastecer diariamente e em tempo real os institutos com imagens precisas da cobertura vegetal amazônica. Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) opera com imagens de satélites de órbita polar, que fornecem imagens periódicas. Ou seja, a cada passagem sobre a floresta um trecho dela é registrado e enviado a uma estação terrena. E assim a imagem vai sendo composta.

O grande diferencial dos satélites atuais para o geoestacionário, em termos práticos, está no tempo de obtenção da imagem e em seu altíssimo grau de confiabilidade. Os geoestacionários voltados ao sensoriamento remoto foram fartamente usados durante a Guerra Fria em espionagem militar. Sua resolução pode até chegar a questão de centímetros. Entre as dificuldades até o momento para a Agência Espacial Brasileira (AEB) transformar isto em realidade está no investimento, estimado em US$ 1,5 bilhão. O Brasil busca possíveis parceiros para minimizar os custos.

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