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Elon Musk controla um quarto dos satélites que orbitam a Terra e vai lançar milésimo

O engenheiro e empresário de origem sul-africana Elon Musk se tornou, no início de 2021, o homem mais rico do planeta – superando, com uma fortuna avaliada em mais de US$ 200 bilhões de dólares, o dono da Amazon, Jeff Bezos. 

Vitor Paiva | hypeness


E quem por acaso ainda não compreendia como Musk alcançara tal marca, poderá enfim compreender, a partir da informação levantada pelo jornal britânico Independent – de que a SpaceX, empresa de Musk, controla um quarto de todos os satélites orbitando o nosso planeta, e oferecendo serviços tal essenciais quanto a própria internet que utilizamos o dia inteiro, todos os dias, em todos os cantos da Terra.

© Kauê Vieira

O projeto se chama Starlink, e consiste em justamente uma grande constelação de satélites capazes de oferecer internet de alta velocidade em baixo custo por todo o planeta – em serviço ou mesmo equipamento a ser vendido para exércitos, pesquisas ou outras iniciativas. Atualmente o número de satélites enviados pela SpaceX está em 946, mas uma nova missão, intitulada Starlink 17, irá nos próximos dias colocar mais 60 novos satélites em órbita, superando enfim a marca de 1000 satélites enviados.

E a estimativa é de ainda maior crescimento: Musk garante que até o meio do ano de 2021 a empresa será responsável por metade dos satélites em funcionamento. A SpaceX tem permissão pra enviar mais 12 mil satélites, e pretende construir nos próximos anos uma constelação de mais de 40 mil satélites ao redor do planeta – segundo o site da empresa, os próximos lançamentos já tornam a cobertura capaz de oferecer internet para praticamente toda a população do mundo.

Atualmente o projeto da Starlink ainda está, no entanto, sendo estabelecido e testado, mas a ideia é que os custos de seu uso baixem ainda mais com o envio de novos satélites e o estabelecimento de parcerias com empresas e nações – permitindo uma conexão simples e de baixo custo por qualquer equipamento em praticamente todos os pontos do planeta.

O envio de dezenas de milhares de satélites pelas empresas de Musk e por concorrentes como a OneWeb, por exemplo, enfrenta severas críticas de astrônomos e outros especialistas, afirmando que a proliferação de tais equipamentos na órbita terrestre baixa poderá interferir em observações visuais importantes para pesquisas científicas, e até mesmo na radioastronomia. Outro temor é o de colisões entre satélites, que podem provocar, segundo a NASA, acidentes de proporções “catastróficas”.

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