Cosmos | Por Carl Sagan

Astrônomos encontram menor estrela do universo!

Astrônomos descobriram, na constelação de Escultor, provavelmente a menor estrela do universo. Seu raio é um pouco maior do que o de Saturno e a sua massa é 85 vezes maior do que a de Júpiter.


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"Nossa descoberta demonstra as mínimas dimensões que uma estrela pode possuir. Se a massa de EBLM J0555-57Ab fosse um pouco menor, então reações termonucleares não aconteceriam em seu núcleo, o que a tornaria uma anã marrom", explicou Alexander Boetticher, pesquisador da Universidade de Cambridge (Reino Unido) no artigo publicado no jornal Astronomy & Astrophysics.


Formação de uma estrela (impressão artística)
Composição artística da formação de uma estrela | CC BY 2.0 / European Southern Observatory / Artist’s impression of the disc and gas streams around HD 142527

Todas as estrelas da Via Láctea e de outras galáxias nascem dentro de nuvens firmes de gás e pó quando é iniciado o processo de condensação. Depois, com o tempo, a temperatura e pressão dentro dessas nuvens aumentam muitíssimo, causando o início das reações termonucleares em seu núcleo.

Segundo astrofísicos, tais reações ocorrem somente dentro de objetos grandiosos com mais de 7% da massa do Sol que, a propósito, é 73 vezes maior do que a massa de Júpiter. Os corpos celestes menores se tornam anãs marrons, que são corpos celestes de baixa luminosidade e não conseguem iniciar a fusão do hidrogênio em seu núcleo. As anãs marrons possuem uma massa superior à de um planeta, mas não tão massiva quanto à de uma estrela. Por isso são consideradas "estrelas fracassadas".

Há muitos anos, astrônomos observam o céu noturno do hemisfério Sul em busca de estrelas menores que irradiam luz pálida.

E a busca deu frutos, pois, recentemente, Alexander Boetticher e seus colegas conseguiram detectar a menor estrela do universo — EBLM J0555-57Ab, localizada na constelação de Escultor a 600 anos-luz da Terra.

Tais estrelas possuem as melhores condições para nascimento de vida.

"As menores estrelas são ideais para buscar sósias da Terra e estudar sua atmosfera. No entanto, primeiramente, é necessário estudá-las e entendê-las detalhadamente", concluiu o pesquisador Amaury Triaud, que recentemente descobriu um sistema planetário único TRAPPIST-1 com sete análogos da Terra.



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