Roscosmos no mundo da Lua
Construção de base habitável no satélite natural da Terra promete novas pesquisas e revolução das fontes de energia. Mas será apenas um sonho distante?
Andrêi Kisliakov, especial para Gazeta Russa
No Dia da Ciência Espacial, celebrado no último dia 4, o diretor do Instituto de Pesquisas Espaciais, Lev Zelióni, confirmou os planos da Roscosmos (agência espacial russa) de criar de uma base lunar habitável no futuro. “A próxima missão será um voo tripulado à Lua, e já compomos um grupo de trabalho para tal”, comunicou Zelióni.
O diretor de planejamento estratégico e programas especiais da Roscosmos Iúri Makarov, também anunciou que a construção de uma estação na Lua será objeto de grande interesse. “Caso encontremos água, valerá a pena abastecer essa estação com produtos necessários para a vida, combustível de foguetes espaciais e materiais de construção”, disse ele.
No entanto, nenhum país seria capaz de financiar sozinho um projeto espacial de tamanha envergadura. Os EUA até chegaram a cancelar “Constellation”, um programa de investigação lunar que parecia promissor, enquanto a Europa, Índia e China, com o seu rico potencial espacial, nem sequer se pronunciam sobre a colonização do satélite natural da Terra.
Até lá, a única razão fundamentada para o projeto de exploração lunar se refere a um dos isótopos de hélio – hélio-3 –, que é uma excelente matéria-prima para combustível nuclear. “Pelas previsões científicas, as reservas de petróleo, gás e urânio da Terra não vão durar mais do que 100 anos. Por isso, temos que procurar com antecedência fontes alternativas de energia”, ressalta Erik Galimov, membro do Conselho para Atividades Espaciais da Academia de Ciências da Rússia.
Análises das amostras trazidas para a Terra pelas estações soviéticas “Luna” e pela nave espacial americana “Apollo” mostraram que o solo lunar contém 0,01g de hélio por tonelada.
“O transporte de hélio-3 da Lua poderá se tornar realidade já daqui a 30 anos, mas para tal é preciso começar a trabalhar o quanto antes possível”, diz Galimov, acrescentando que os custos de fornecimento interplanetário serão muito mais baixos do que os da energia elétrica produzida atualmente pelas usinas nucleares.
Por enquanto, resta esperar para ver se o programa lunar russo “Luna-Glob”, programado para 2015, irá cumprir sua meta de recolher de amostras do solo lunar e preparar o terreno para os ambiciosos planos anunciados pelos representantes da Roscosmos.
Andrêi Kisliakov, especial para Gazeta Russa
No Dia da Ciência Espacial, celebrado no último dia 4, o diretor do Instituto de Pesquisas Espaciais, Lev Zelióni, confirmou os planos da Roscosmos (agência espacial russa) de criar de uma base lunar habitável no futuro. “A próxima missão será um voo tripulado à Lua, e já compomos um grupo de trabalho para tal”, comunicou Zelióni.
O diretor de planejamento estratégico e programas especiais da Roscosmos Iúri Makarov, também anunciou que a construção de uma estação na Lua será objeto de grande interesse. “Caso encontremos água, valerá a pena abastecer essa estação com produtos necessários para a vida, combustível de foguetes espaciais e materiais de construção”, disse ele.
No entanto, nenhum país seria capaz de financiar sozinho um projeto espacial de tamanha envergadura. Os EUA até chegaram a cancelar “Constellation”, um programa de investigação lunar que parecia promissor, enquanto a Europa, Índia e China, com o seu rico potencial espacial, nem sequer se pronunciam sobre a colonização do satélite natural da Terra.
Até lá, a única razão fundamentada para o projeto de exploração lunar se refere a um dos isótopos de hélio – hélio-3 –, que é uma excelente matéria-prima para combustível nuclear. “Pelas previsões científicas, as reservas de petróleo, gás e urânio da Terra não vão durar mais do que 100 anos. Por isso, temos que procurar com antecedência fontes alternativas de energia”, ressalta Erik Galimov, membro do Conselho para Atividades Espaciais da Academia de Ciências da Rússia.
Análises das amostras trazidas para a Terra pelas estações soviéticas “Luna” e pela nave espacial americana “Apollo” mostraram que o solo lunar contém 0,01g de hélio por tonelada.
“O transporte de hélio-3 da Lua poderá se tornar realidade já daqui a 30 anos, mas para tal é preciso começar a trabalhar o quanto antes possível”, diz Galimov, acrescentando que os custos de fornecimento interplanetário serão muito mais baixos do que os da energia elétrica produzida atualmente pelas usinas nucleares.
Por enquanto, resta esperar para ver se o programa lunar russo “Luna-Glob”, programado para 2015, irá cumprir sua meta de recolher de amostras do solo lunar e preparar o terreno para os ambiciosos planos anunciados pelos representantes da Roscosmos.
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