Astrônomos descobrem o primeiro sistema planetário inclinado
Nature | Mistérios do Mundo
Astrônomos descobriram o primeiro exemplo conhecido de um sistema solar “inclinado” – isto é, uma estrela cujo equador inclina abruptamente para fora do plano da órbita de seus planetas. É uma descoberta sem precedentes, que poderia ajudar a explicar como alguns planetas possuem órbitas tortas.
A Terra, bem como a maioria dos planetas que conhecemos, orbita mais ou menos no mesmo plano do equador de sua estrela-mãe (7,2 graus fora do plano, para ser exato). Mas, em uma pesquisa publicada na mais recente edição da revista Science, uma equipe de pesquisadores liderada pelo astrônomo Daniel Huber, da NASA, identificou dois planetas que orbitam em surpreendentes 45 graus de diferença em relação ao equador de sua estrela-mãe – a gigante vermelha Kepler 56.
Para descobrir o que causou a inclinação, os astrônomos mediram a velocidade de Kepler-56 através do espaço usando o telescópio de 10 metros chamado Keck I, em Mauna Kea, no Havaí. “Isso revelou o culpado”, diz Huber: um corpo distante cuja atração gravitacional puxa a estrela e também inclina as órbitas dos planetas. Apesar da enorme inclinação, no entanto, as órbitas dos dois planetas fica alinhada uma com a outra, pois eles estão em ressonância: um planeta leva o dobro do tempo que o outro para circundar a estrela, então eles periodicamente empurram um aos outro através de sua gravidade. Portanto, suas órbitas permanecem planas, mesmo quando eles se desviam radicalmente do equador da estrela.
“É uma descoberta fascinante”, disse Amaury Triaud, astrônomo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge. “É da natureza: Você observa, e você encontra coisas extraordinárias”.
É claro, a ironia de descobertas como esta é que, com a enorme parte de nossa galáxia que ainda temos para explorar, até mesmo descobertas “extraordinárias” podem não ser tão extraordinárias no grande esquema das coisas. Em outras palavras: só porque este é o primeiro exemplo de um sistema solar radicalmente inclinado, não significa que seja o único – há muito mais deles lá fora, esperando para serem descobertos.
Para descobrir o que causou a inclinação, os astrônomos mediram a velocidade de Kepler-56 através do espaço usando o telescópio de 10 metros chamado Keck I, em Mauna Kea, no Havaí. “Isso revelou o culpado”, diz Huber: um corpo distante cuja atração gravitacional puxa a estrela e também inclina as órbitas dos planetas. Apesar da enorme inclinação, no entanto, as órbitas dos dois planetas fica alinhada uma com a outra, pois eles estão em ressonância: um planeta leva o dobro do tempo que o outro para circundar a estrela, então eles periodicamente empurram um aos outro através de sua gravidade. Portanto, suas órbitas permanecem planas, mesmo quando eles se desviam radicalmente do equador da estrela.
“É uma descoberta fascinante”, disse Amaury Triaud, astrônomo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge. “É da natureza: Você observa, e você encontra coisas extraordinárias”.
É claro, a ironia de descobertas como esta é que, com a enorme parte de nossa galáxia que ainda temos para explorar, até mesmo descobertas “extraordinárias” podem não ser tão extraordinárias no grande esquema das coisas. Em outras palavras: só porque este é o primeiro exemplo de um sistema solar radicalmente inclinado, não significa que seja o único – há muito mais deles lá fora, esperando para serem descobertos.
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